Não entendo essa ciranda que não anda, esse doce sem compota, essa chuva que não cai, esse teco sem peteleco.
Não entendo a voz que não chama, o grito que não se ouve, o trovão que não ecoa.
Não entendo o que o não entendo porque não entendo.
Não entendo não ver o evidente, não ler o que está à frente, não ser ao menos descente.
Não entendo ter o que não é, nem ser o que não tem. Não, não entendo.
Não entendo achar que querer é poder, que se merece o imensurável, que o que se tem não é viável.
Não entendo a afirmação da fé no mesmo cesto do desejo humano.
Não entendo a soberba vinda de uma casa taipa, do chão batido, das toras de madeira.
Não entendo a ambição que só gera débitos, nunca ganhos. Não entendo quem é gota se dizer oceano.
Não entendo muitas coisas ao que me parece.
Não entendo o desejo de nunca mudar, sendo que para isso basta o tempo passar. Menos ainda entendo crer que assim se vai crescer.
Não entendo a alienação, o negar do sentir, a opção de viver sem razão.
Não entendo de onde vem tanta inspiração……Palavras maravilhosas que conseguem nos deixar comovidos e apreciar a realidade…..”Não entendo a alienação, o negar do sentir, a opção de viver sem razão…”demais!!!!!
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A vida traz as questões que viram pensamentos, aqui elas só vão para o “papel”.
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Sensacional. Texto digno de um engenheiro que, pelo jeito, sempre quis ser jornalista. Cara, veio da ALMA, é puro, belo e emocionante!!!!
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